Mais um resgate do baú por conta da incrível biblioteca de livros de rock do amigo Vicente. Agora com uma banda que acompanhei o lançamento dos discos em "tempo real". Afinal, eram os anos 90, auge da minha fase de sons pesados. O primeiro contato com o Pantera foi com o clipe de Mouth For War, no saudoso programa Fúria Metal da MTV. A partir daí, conseguir os dois primeiros grandes discos dos caras se tornou obrigatório instantaneamente. Não demorou para que Cowboys From Hell e Vulgar Display of Power entrassem no topo dos meus preferidos. Era muito peso e groove ao mesmo tempo, algo que, na minha opinião, nenhuma banda tinha tanto.
No lançamento de Far Beyond Driven minha coleção já tinha, em grande parte, lamentavelmente migrado para o CD, mas mesmo assim não deixei de querer o álbum oficial, que foi encomendado na primeira oportunidade, antes mesmo de ser lançado no Brasil. Lembro de ir correndo pra casa com mais dois amigos na ansiedade de ouvir a pedrada. Foi impactante, na verdade até meio assustadora e incompreensível a primeira audição.
Com o próximo a coisa foi parecida. Acho que não corri de tanta pressa para ouvir a obra, mas o susto com o peso foi maior ainda. The Great Southern Trendkill é absurdamente agressivo, a começar pela primeira música. Aliás, os primeiros segundos de cada álbum deles mostram o caminho seguido pelos irmãos Abbott e seus companheiros. Uma curva crescente e bem inclinada.
O livro foi escrito pelo baixista, o quieto mas loucão (ainda assim bem mais normal que os outros 3 integrantes) Rex Brown. Ele abre o jogo sobre as diversas fases da sua vida e do grupo, que conquistou um lugar de respeito na música mundial indo contra qualquer imposição comercial. Assim como no livro do Metallica, comentado em postagem anterior, o texto diz bastante sobre a relação deles com outras bandas. Interessante nesse livro que há trechos com depoimentos de outras pessoas importantes nessa alcoólica história. Aí embaixo um trechinho sobre a criação do penúltimo resultado de estúdio, e onde cronologicamente também termina minha coleção.
Como viram na foto, atualmente só me sobrou em vinil o Vulgar, isso até que o amigo César decida negociar seu Cowboys comigo. ;-)
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