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Brazilian Beat Vol. 2 - Meireles e sua Orquestra

Atualização no mesmo dia da postagem, com a resposta da pergunta abaixo pela maravilhosa Wikipedia.
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Quem é o tal Meireles? Infelizmente não sei e nem consegui descobrir nada sobre ele. Aliás, é deveras irritante a falta de informações em alguns vinis brasileiros mais antigos. Mas esse disco deixa claro que é um artista com os dois pés fincados na música brasileira. Percebe-se isso pela lista de composições executadas e porque foi gabaritado a apresentá-las ao público estrangeiro. Acredito que esse lançamento foi destinado mais ao público gringo. Pelo menos é o que dá para supor pela localização dos vendedores dele no DiscogsNo Ebay a mesma coisa: um da Espanha, um dos Estados Unidos e um da Alemanha.

Puro carnaval, com o coro cantando animado em várias músicas. Algumas ficam sem vozes e mais refinadas, como a mais famosa Garota de Ipanema e o lamentoso Desafinado. No geral o trabalho dos percussionistas ficou bem ressaltado, sendo o ponto alto da orquestra.

O disco é mono, foi lançado em 1967, e sua capa é daquelas que o papel vem completamente plastificado de fábrica. Aqui, ambos em perfeito estado de conservação.

A1 Ritmo
A2 Madureira Chorou
A3 Nêga Do Cabelo Duro
A4 Praça Onze
A5 Máscara Negra
A6 A Banda

B1 Marchinha Do Grande Galo
B2 Allah-La-Ô
B3 Cidade Maravilhosa
B4 Mas, Que Nada
B5 Garota De Ipanema
B6 Desafinado


2 comentários:

  1. João Theodoro Meireles morreu aos 67 anos em 2008. Ele foi saxofonista, compositor e arranjador, participou de discos clássicos e fez o famoso e inconfundível arranjo de ‘Mas que nada’ de Jorge Ben.

    Após o sucesso do disco ‘Samba Esquema Novo’ de Jorge Ben, J.T. Meireles, como ficou conhecido, pôde realizar um disco autoral, ‘O Som’, com o grupo ‘Copa 5’, integrado por Luiz Carlos Vinhas no piano, Dom Um Romão na bateria, Manoel Gusmão no baixo e Pedro Paulo no trompete.


    No ano seguinte, o disco ‘O Novo Som’ com o mesmo grupo em nova formação, Eumir Deodato no piano, Edison Machado na bateria, Manoel Gusmão no baixo, Roberto Menescal e Waltel Branco no violão. Meireles também participou, tocando sax no LP de Edison Machado ‘É Samba Novo’.

    Outro disco com a assinatura de Meireles, foi ‘Cool Samba’, lançado sob o nome de ‘João & His Bossa Kings’. Parece que esse disco foi lançado em 66, mas sem nenhuma certeza. Em seguida a coleção ‘Brazilian Beat’, na qual Meireles era acompanhado por uma orquestra. Os volumes 2 e 4 estão disponíveis, enquanto os outros foram difíceis de encontrar (1 e 3), quem tiver que coloque nos comentários.

    Em 69, Meireles lançou o disco ‘Tropical’, onde incrementou seu conjunto denominando-o de Copa 7, integrado por gente como Dom Salvador no piano, Juarez Araújo no sax tenor, Sergio Barroso no baixo, Maurilio Santos no trompete, Robertinho Silva na bateria, Chico Batera e Élcio Milito na percussão. Nesse disco Meireles toca flauta.

    Depois de vários anos produzindo e arranjando discos dos outros, Meireles reformulou o ‘Copa 5’ e lançou, em 2002, o disco ‘Samba Jazz’ com Guilherme Dias Gomes no trompete, Laércio de Freitas no piano, Adriano Giffoni no baixo e Robertinho Silva na bateria.

    Em 2005 lançou ‘Esquema Novo’ com o mesmo grupo, dessa vez com Jessé Sadoe no trompete, Rafael Vernet no piano, Rodrigo Villa no baixo, Rafael Barata na bateria e Amoy Ribas na percussão, ainda com participação de Robertinho Silva em algumas faixas.

    Então ouçam o som desse grande arranjador, compositor e saxofonista que é considerado o precursor do samba jazz.

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    Respostas
    1. Legal, Ricardo. Mais do que respondida minha dúvida inicial.
      Grande abraço e obrigado pelo comentário.

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