Que baita disco! Eu e minha filha Valentina gostaríamos de parabenizar Mr. Leon Kelner por esta maravilhosa obra. São 12 músicas impossíveis de não querer dançar. Nós dois que o digamos. Sábado passado, com aquela chuva gostosa caindo lá fora, rodamos esse pérola duas vezes sem parar de mexer os esqueletos. Uma verdadeira festa.
O verso da capa dá a letra de forma certeira. Em uma tradução livre, o senhor Marshall Pearce, diretor de programação da rádio WSMB, começa dizendo: "se você quer um álbum que combine uma batida extremamente dançante com os sons mais modernos, não procure mais." Bem, digamos que a parte dos sons mais modernos, considerando que estamos em 2016 e o disco é de 1965, deve ser interpretada historicamente. Mas a batida extremamente dançante, essa sim, está plenamente viva e válida até hoje.
A "Blue Room" é uma sala do hotel Roosevelt, localizado em Nova Orleans, e que existe desde os anos 30. Aliás, tanto a sala quanto o hotel funcionam até hoje, como podemos ver na última imagem, retirada da página de internet do clássico empreendimento. Não encontrei informações sobre por quanto tempo isso ocorreu, mas Leon Kelner foi o pianista e líder da banda do The Roosevelt New Orleans. Grandes nomes da música marcaram presença por lá, como Louis Armstrong, Ray Charles, Ella Fitzgerald e Frank Sinatra.
Mas voltando ao disco. Nele quase todas as músicas são instrumentais e animadíssimas. Os oito Fox Trot, dois Cha Cha, e uma Rumba-Twist não deixam cair o andamento. A única exceção é a valsa "Fascination", também instrumental, mas mais lenta, porém linda. E para quem não ligou o nome à música, é aquela clássica, cantada pela Elis Regina no ótimo disco "Falso Brilhante". "És fascinação, amor...". Perfeita para descansar um pouco, dançando coladinho com sua companhia.
Uma alegria ter esta rara preciosidade no meu baú de jazz!
Bonito selo da Decca e bonita capa também! Um registro de um local que realmente existiu, quase uma sala de shows, né? Saudações.
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