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Fredera - Aurora Vermelha

Nunca ouviu falar no Fredera? Eu não o conhecia até pouco tempo atrás. O cara é fera e esse disco é massa. Tem com jazz, rock, samba, psicodelia, melancolia e tudo mais. Hoje é um senhor de 70 anos que já passou por todas as formas de arte. Parte de sua vida foi como guitarrista da banda Som Imaginário, gravando 4 discos com ela e mais esse solo. Mas não só, ele tocou com gente de peso da música brasileira. Confere a segunda foto para saber quem foram alguns. Aliás, é só um pequeno trecho sobre tudo o que se pode saber sobre o autor, pois tem muita informação nesse belo encarte. Ainda mais sendo um disco instrumental.

LADO A
1. Aurora Vermelha
   a) Crepúsculo civil: O disco começa com um samba rock respeitável e virtuoso. 
  b) Aos mártires: A bateria desaparece para dar lugar apenas ao violão e a guitarra. Dedilhado do primeiro e solo tenso da segunda.
  c) Emergência: Mas a tensão de verdade vem na última parte. Voltam os tambores e cresce a música em uma espécie de desespero muito bem coordenado. 
2. Músico Viajante-revelações: Como indica o título, esta é uma viagem. Tranquila, mas com ápices interessantes.
3. Um Bolerésio para Tenório Jr., no céu: A bateria e a guitarra atuam solando, cada uma na sua, mas mostrando bem a habilidade dos músicos. O piano chega absoluto em clima de suspense. E logo é o violão trazendo uma leveza bonita de ouvir. E chega o momento de todos emitirem seus sons. Ótima química brasileira.

LADO B
1. Clara Cheia de Luz: Composição dividida em duas partes. Na minha percepção da seguinte forma. 
   Mutação - Tranquilidade pura. Parece aquela música para se ouvir na beira do mar. Pelo menos até a metade, onde a introspecção surge. 
   Rua da estrêla - Mas ela deixa sua marca e vai embora rapidamente. Logo as crianças voltam a brincar na praia, até de forma mais efusiva.
2. Pequeno Poema Libertário (Para Guitarra Cuíca e Piano Acústico) - Basta ver o conjunto de instrumentos para qual a música foi escrita que dá para imaginar o quão diferente ela é. Inspirou a criação de uma nova categoria para se classificar músicas! Poder estéreohipnotizante nota 7. 
3. O Horizonte nos Olhos de Manu: Dramaticidade que vai do começo ao fim, mas sempre acompanhada por um sopro de esperança. Em apenas violão e violoncelo, se meus ouvidos não se enganam...

Todas as composições e arranjos são do carioca Frederico Mendonça de Oliveira. Mandou muito bem, Fredera! Saiba mais detalhes sobre esse disco, que por aqui está com capa e vinil em perfeito estado.

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